domingo, 21 de junho de 2015

ENOGASTRONOMIA = Harmonização de Vinhos com Alimentos

Guia Prático com os Vinhos Ideais 

para cada tipo de Prato

Revista MULHER BRASILEIRA nº 13 




Principais Uvas


CHARDONAY - Entradas à base de camarão, bobó de camarão, cavaquinha grelhada, queijos de meia cura e massas com molho à base de queijos.

SAUVIGNON BLANC - Queijos de massa macia como o de cabra e o minas, saladas enriquecidas com frutos do mar, molhos à base de tomate e ceviche.

CABERNET SAUVIGNON - Carnes vermelhas, cordeiro, massas com ragu de carnes bem temperadas, queijo de veios azuis (gorgonzola e roquefort) e queijos curados de paladar picante.

MALBEC - Carnes em geral, assadas ou grelhas, cozidos.

PINOT NOIR - Aves em geral, carnes frias, peixes untuosos como salmão, massas à base de queijos e fondues de carne ou queijo.

MERLOT - Ensopados com carnes vermelhas, carne de porco ou frango marinados em cerveja preta e queijos de massa semidura e adocicados.


Segundo a sommelier Deise Novakoski, apresentadora do Receitas GNT e colunista do jornal O GLOBO, formada pela Associação Brasileira de Sommeliers, associando as principais características de uma determinada uva e combiná-la com um prato, é a maneira mais prática de harmonização. Pois a arte de combinar pratos e vinhos não é uma ciência exata. 

Pode-se até falar em regras. Mas elas não devem ser inflexíveis. A enogastronomia é, acima de tudo, a habilidade de realçar pratos e vinhos, sem perder de vista o elemento humano. Ou seja, os gostos são individuais e o prazer é o principal objetivo. 

Mas como não é possível afirmar que tudo combina com tudo, o ideal para se obter o maior prazer possível nas combinações, é estar atento a algumas regras básicas. 

Um vinho deve ser escolhido sempre por dois princípios opostos: ou se quer assemelhar o vinho ao sabor do prato, ou se busca encontrar no vinho um sabor que não haja no prato, realçando-o pelo contraste. Seja para complementar, seja para contrastar, o bom encontro entre um vinho e um prato é aquele que deixa a sensação de que a união de ambos gerou uma terceira identidade, na qual alimentos e vinhos se fundem, sem perder suas características. Não é simples fazer isso acontecer. Mas é divertido tentar.

Um bom caminho para acertar mais nas escolhas é, ao comprar um vinho pensando em combiná-lo com um determinado prato, levar em conta as informações do rótulo: a região em que foi produzido, a variedade da qual é originário, o ano e o método de vinificação.

Um bom exercício para aumentar as chances de êxito na harmonização, segundo Deise, é imaginar os vinhos e alimentos, inseridos em grupos, definidos pelo sabor predominante. Na boca sentimos quatro sabores principais, o doce, o salgado, o amargo e o ácido. Na associação entre eles:

*** O salgado reforça o amargo

*** O amargo reduz a acidez

*** O doce atenua os sabores ácidos, amargos e salgados



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